11 de mar. de 2011

A Mosca Atrevida



Ai que mosquinha gaiteira, trapaceira, negrinha, negrinha trigueira.
Um dia entrou pela janela da casa do Ricardo.
Deitava-se na almofada, petiscava do seu prato e bebia do seu copo.
Mas o Ricardo é que não gostava nada de a ver, quando isso acontecia ele sacudia a mosca e ela punha-se a zumbir.
Zum, zum, zum
Estou em jejum
Zum, zum, zum
Estou em jejum
O rapaz corria atrás dela com o mata-moscas, mas a mosca era esperta de mais para ser apanhada.
Um dia o Ricardo viu a mosca a tomar banhos de Sol e muito devagar foi buscar um livro para a matar. Mas a mosca esvoaçou enquanto o Ricardo partiu o vidro.
Ele tentou apanhá-la muitas vezes mas a mosca parecia que tinha olhos à frente e atrás.
A mosca como era atrevida seguia-o para todo o lado. Ricardo já estava farto dela e na escola já lhe chamavam:
Ricardo moscardo!
Ricardo moscardo!
Ricardo moscardo!
Ricardo não tinha sossego, ainda tentou convencer os pais a comprar insecticida. Ricardo, farto da mosca, tentou fugir, ia para Espanha.
Finalmente estava livre daquela mosca nojenta, ele estava bem, comia carne assada e tudo o que a hospedeira lhe dava, mas de repente ouviu aquela antiga canção:
Zum, zum, zum
Estou em jejum
Zum, zum, zum
Estou em jejum
Ricardo já não estava livre do insecto. A mosca divertia-se nas touradas porque gostava muito de lhe espetar o ferrão.
No último dia de férias foram visitar o parque natural. Eles viam os coelhos brancos a espreitar por entre os arbustos e a fazer corridas nas clareiras.
O pai propôs que o Ricardo fosse correr também, mas ele sentou-se.
Entre os ramos descobriu uma teia de aranha com uma aranha que parecia uma pedra e a mosca quis ser a primeira a ver, mas ao chegar à teia logo a aranha a apanhou. Na escola perguntaram-lhe pela mosca e o Ricardo disse que morreu.

Luís, Jéssica e Andreia Ribeiro

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