Era uma vez um senhor chamado Fortes que vivia numa cidade. Ele tinha uma mala castanha e pesada onde guardava coisas finas e delicadas. Um dia, cansado da cidade, do fumo, do barulho dos carros e de não conseguir vender nada, decidiu ir para uma aldeia tentar ter uma vida melhor.
Após mais de quatro horas de viagem, o senhor Fortes chegou a Loivos. Era uma aldeia com caminhos esburacados, onde não havia trânsito nenhum. De repente, ouviu umas campainhas que lhe faziam lembrar meninos a fazer corridas de bicicleta. Mas estava enganado, era o barulho dos chocalhos de um rebanho. Chamou o pastor e foi ter com ele. Falaram sobre as suas vidas e, como estava a ficar tarde, recolheram os animais e foram para casa do pastor Arnaldo.
O senhor Fortes ficou muito admirado por ter entrado com eles na casa uma das cabras. Era a cabra Ricardina. O pastor Arnaldo contou-lhe o que ela fazia e depois de terem comido, ele pegou na sua flauta mágica e a cabrinha começou a dançar. O senhor Fortes gostou imenso e bateu muitas palmas. Depois foram dormir.
Os dias foram passando e eles ficaram muito amigos. Mas o senhor Fortes estava a ficar farto daquele silêncio todo da aldeia. Sentia falta de ver muitas pessoas e do barulho da cidade e convidou o seu amigo Arnaldo a deixar a aldeia e ir com ele.
Partiram os dois com a cabra Ricardina para a Vila dos Carvalhos Velhos porque lá havia uma grande festa onde iam muitas pessoas. Assim, podiam ganhar dinheiro fazendo o espectáculo com a cabra Ricardina e vendendo as peças finas e delicadas do senhor Fortes.
Quem não gostou do espectáculo foi o senhor Benjamim, porque começou a perder clientes. Foi falar com os artistas e convidou-os para fazerem parte da sua companhia de circo. Eles aceitaram e puderam, deste modo, ganhar dinheiro, andar de terra em terra até chegarem a Vila do Conde para o pastor Arnaldo poder finalmente conhecer o mar.
2 comentários:
Olá!
Gostei muito de saber que leram omeu livro e adorei o vosso trabalho. Um grande abraço para todos do
António Mota
www.gailivro.pt/amota
Admiro o vosso entusiasmo! Continuem, já descobriram que ler é importante...
Prof. Céu
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